sexta-feira, 29 de março de 2013

Este país não é para novos!

Meus queridos e minhas queridas, já sei que me vão acusar de não primar pela originalidade só porque vou falar outra vez de autocarros. Não esperem mais de mim- afinal, 10% dos meus dias é passado por lá. E também queriam que falasse do que? Do Tio Sócrates a despejar barbaridades no canal público em horário nobre? Ouçam, isso sim seria uma tristeza que não 'tá escrita!

Embora eu fale p'ra lá de imenso em autocarros nunca vos falei de uma das suas mais conhecidas características: o cheiro a velho. Pois é meus queridos e queridas, é algo que impera nos autocarros. Os idosos, coitados, andam imenso de autocarro porque se conduzissem a polícia de trânsito e os queridos do INEM teriam muitíssimo mais trabalho. Apesar de ter imensa pena deles e assim que eu sou uma alma super caridosa acreditem que são uma estucha em qualquer transporte público porque andam p'ra lá de devagar e p'ra pedirem bilhete é um martírio- ficam horas a contar os cêntimos!


Mas ontem uma querida senhora sentou-se ao meu lado e, meus queridos, tresandava. Não era só o cheiro característico a velho (algo super parecido com um refogado de cebola que correu mal), mas o facto de ser super activo e assim. Eu, que apesar de tudo sou uma senhora, tenho o lenço sempre perfumado e discretamente lá me vou tapando com ele. Mas juro-vos que ontem quase que não me controlava e assaltava a senhora: é que ela trazia uma daquelas máscaras de hospital e eu 'tive mesmo para dizer-lhe "Ouça, Tia, empreste-me a mim a máscara que preciso imenso mais dela que a Tia, 'tá a ver?"

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