sábado, 14 de setembro de 2013

Do's and don't's!

Estive fora, voltei que mesmo a morar no subúrbio uma piquena tem direito a férias. Agora estou de regresso aos autocarros, metros e todos os transportes afins para vos lembrar das maravilhas do mundo que mora à volta de Lisboa.

Mas ouçam, só para variar ou assim hoje não vou, que não vou, falar de transportes. Vou armar-me em blogger de lifestyle (à laia de copiar a minha amiga pinky que é uma caturra e que podem ler aqui) e vou falar-vos de onde ir e não ir nesta capital que é Lisboa, 'tão a ver?

Sexta fui animadíssima tomar o piqueno-almoço com uma amiga que estava cá de viagem, mas mora em Londres. Depois de ter levado uma tampa que não 'tá escrita e ter ficado 45 minutos plantada à espera à laia de espantalho algures na Baixa resolvi ir sozinha tomar o piqueno-almoço que eu sou uma mulher independente. Hélas! o salão da Confeitaria Nacional não abre de manhã e tive que calcorrerar o Rossio à procura dum sítio. Achei que a Jeronymo era uma boa ideia, mais não fosse porque usam a cor dos gays e eu não podia ser mais gay friendly ou assim. Queridos, juro-vos que é no mínimo emocionante. Numa espécie de "Preço Certo" sem gordos, mas com criadas deprimentes a apresentar não há bolo nenhum naquela loja que tenha preço que se veja. Temos, com certeza, que propôr vários orçamentos e tentar advinhar os preços para ver o que o nosso dinheiro nos permite ou não comer. E a adrenalina não para aqui. É que quando finalmente sabemos os preços entramos em choque. É que os preços por lá são alpinistas e assim: escalaram o Evereste, 'tão a ver? Isto para não vos dizer, que eu não nunca por nunca ser digo mal de ninguém ou assim, que quando perguntei à piquena da caixa se o chocolate quente era mesmo chocolate ou leite com chocolate era respondeu-me pela honra da família inteira que era mesmo chocolate, para dois segundos depois sacar duma lata dum instantâneo que dissolveu no leite. Ouçam, é que há gente em Portugal que nunca viu uma barra de chocolate e a piquena deve ser dessas pessoas e ficou baralhada, coitada.

Por outro lado, e para esquecer o fiasco absoluto da manhã, fui à tarde com a mana e as primas ao Nanarella. Lisboa foi que foi invadida pelo gelado italiano que fez de enfant terrible desta silly season. Este ainda não tínhamos experimentado e confesso que, apesar do espaço ser vá, calustrofóbico, gostei. Os gelados são bons: frescos e macios e a saber a fruta a sério (aconselho vivamente o gelado de melão). São baratos, grandes e ainda nos oferecem as natas que é assim que se querem os gelados e não só.

Ainda fomos dar um pulo à Tom-Tom ali ao Combro e à noite fui (finalmente) ver a Gaiola Dourada, mas disso falo noutro dia.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Me and my girlfriends!

Hoje, ou melhor, ontem, foi o meu jantar de aniversário tradicionalmente feito muito tempo depois do meu dia de anos. Somos sempre poucos, mas super divertidos.

Este ano fomos a uma tasca tipicamente portuguesa, sugestão da Desocupada. O vinho verde à pressão parecia vinho de missa gaseificado, o bife à casa tinha como única originalidade em vez de um serem dois bitoques e a minha sobremesa veio errada. Dito isto posso dizer-vos que foi um jantar super giro, porque o que faz qualquer festa é o ambiente e quem faz o ambiente são as pessoas. E as minhas amigas além de giras são umas caturreiras, p'ra lá de divertidas ou assim. Eu, a Desocupada, a I, a Pinky e a Chicona (e o sobrinho, coitado do piqueno único homem no meio destas tias todas) a mostrar que em qualquer sítio que a gente esteja está a festa.

Obrigada queridas. Vocês não são só giras, são fantásticas!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Armada em comentadora de moda

Meus queridos este post começa já com um disclaimer: não sou que não sou comentadora de moda. Mesmo que quisesse ou assim, não podia porque isto de estar exilada no subúrbio acaba sempre por nos afectar de alguma maneira e mais vale passarmos a desconfiar do nosso próprio gosto. Digo-vos eu que sei, que passados uns meses a viver num qualquer prédio da Pontinha ou de Carnaxide a gente fica que fica com fascínio por coisas brilhantes ou assim.

Dito isto vamos já ao que interessa que quero imenso partilhar estas minhas descobertas de hoje. Ao contrário do que se pensa não são só os gays a ligarem imenso à moda feminina- uma senhora que é uma senhora anda sempre super a par e assim da moda de homem. Até porque em geral os namorados, maridos e afins não gostam, não percebem muito, mas apesar de tudo são uns queridos e aceitam sempre sugestões.

Ora, como vos 'tava a dizer, andava eu a ver as colecções para esta Primavera/Verão e juro que tive que ir verificar se as colecções agora não se chamam qualquer coisa do género "X de Y primavera/verão 2013 gay". Ouçam, eu, como qualquer tia que se preze, e apesar do subúrbio, sou mais que a favor dos gays, tenho imensos amigos que são, até porque numa festa dois ou três compõem imenso, sei lá. Mas o que eu vos vou mostrar é a cair um bocadinho no exagero.

Sou p'ra lá de fã do Tom Ford que acho que é um dos homens com melhor gosto neste mundo, e o bom gosto é uma raridade. O corte é fantástico e a ligação entre um estilo clássico com uns padrões mais modernos costuma ser aposta ganha. Agora vejam este coordenado do piqueno:


Ouçam, eu acho tudo giro que acho. O casaco é de estalo e tem uma cor genial, a camisa é giríssima. Agora, não digam, até porque não podem que este manequim jeitosíssimo não parece gay, que parece. E isso não teria problema nenhum não fosse não haver nenhuma opção assim mais masculina na colecção.

E isto, meus queridos, era o que eu pensava até há uma hora atrás quando vi a colecção, para a mesma temporada, do Thom Browne. Bem, ouçam, o Ford voltou logo aos píncaros, pareceu-me tudo p'ra lá de masculino, até a cair para o estilo french riviera meets the italian gigolo. Porque meus queridos, depois de ver a colecção do Thom Browne o meu problema deixou de ser a ausência de masculinidade para passar a ser a ausência de qualquer tipo de bom senso. Eu até entendo a mistura de padrões, o uso de cores fortes, e acho que tudo isso que nos alegra e assim e nos tira a cabeça da crise é o máximo. Mas esta colecção, meus queridos, roça o ridículo. Ora vejam o meu exemplo preferido que vos deixo em baixo:


Queridos, chamem-me antiquada, mas se isto é ter algum gosto, então sou uma bimba confessa. E sem lola!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Óculos escuros até onde o escuro chega

Darlings, a minha vida é uma canseira, mas não há justificação, que não há, para ter ficado este horror de tempo sem escrever. E a desculpa é ainda menor quando o mundo suburbano onde eu vivo está constantemente a oferecer-me pérolas para partilhar convosco.

Mas hoje, e embora vá falar dum hábito p'ra lá de suburbano, mudamos para o metro que é um transporte assim imenso citadino e que eu adoro. É super prático e chega-se a (quase) todo o lado. No metro vê-se de tudo: gente gira, gente menos gira, gente estranha e gente que se chega a duvidar que seja gente (até porque às vezes não são mesmo, são aqueles cãezinhos piquenos que vêm ao ombro duns senhores que pedem dinheiro).

Mas com a chegada da primavera, e mais que isso, com a chegada do sol, volta um velho costume que eu juro que juro que até hoje não entendo: andar de óculos escuros no metro. Ouçam, eu compreendo
que às 7h da manhã dum sábado ou dum domingo saindo duma qualquer discoteca (e o Lux agora até tem metro à porta) com uma dor de cabeça que não tá escrita uma pessoa sinta necessidade de por uns óculos escuros e de só os tirar no quarto, depois de ter a certeza que ninguém a vai ver. Agora, meus queridos, óculos escuros no metro numa terça-feira às 3 da tarde, juro, mas juro por tudo que não entendo. Ouçam, será que em geral Lisboa tem uma população super fotossensível e tem tudo que andar de óculos escuros? Ouçam, ou pior, será que há mesmo vampiros e assim e eles vivem entre nós? São perguntas que percorrem a minha vida, e aposto que a vossa também, meus queridos.



Se querem usar uns óculos escuros p'ra lá de giros e ficar com imenso bom ar aproveitem o bom tempo, sejam urbanos e façam imensas coisas outdoor que não podia ser mais in, digo eu, sei lá!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Este país não é para novos!

Meus queridos e minhas queridas, já sei que me vão acusar de não primar pela originalidade só porque vou falar outra vez de autocarros. Não esperem mais de mim- afinal, 10% dos meus dias é passado por lá. E também queriam que falasse do que? Do Tio Sócrates a despejar barbaridades no canal público em horário nobre? Ouçam, isso sim seria uma tristeza que não 'tá escrita!

Embora eu fale p'ra lá de imenso em autocarros nunca vos falei de uma das suas mais conhecidas características: o cheiro a velho. Pois é meus queridos e queridas, é algo que impera nos autocarros. Os idosos, coitados, andam imenso de autocarro porque se conduzissem a polícia de trânsito e os queridos do INEM teriam muitíssimo mais trabalho. Apesar de ter imensa pena deles e assim que eu sou uma alma super caridosa acreditem que são uma estucha em qualquer transporte público porque andam p'ra lá de devagar e p'ra pedirem bilhete é um martírio- ficam horas a contar os cêntimos!


Mas ontem uma querida senhora sentou-se ao meu lado e, meus queridos, tresandava. Não era só o cheiro característico a velho (algo super parecido com um refogado de cebola que correu mal), mas o facto de ser super activo e assim. Eu, que apesar de tudo sou uma senhora, tenho o lenço sempre perfumado e discretamente lá me vou tapando com ele. Mas juro-vos que ontem quase que não me controlava e assaltava a senhora: é que ela trazia uma daquelas máscaras de hospital e eu 'tive mesmo para dizer-lhe "Ouça, Tia, empreste-me a mim a máscara que preciso imenso mais dela que a Tia, 'tá a ver?"

sexta-feira, 22 de março de 2013

Spring's here!

Ontem foi o primeiro dia de Primavera, ou pelo menos era quando eu andava na escola primária, já lá vai um tempão que não 'tá escrito. Também foi dia da poesia e dia da árvore. E eu, que estava sem nada para fazer, decidi celebrar todos estes maravilhosos eventos e ir ler para o jardim da Gulbenkian.


Já vos disse aqui que adoro jardins e por isso, cheia de ideias meio tontas e pseudo românticas lá fui eu, já a imaginar-me num cenário luxuriante com o som o vento nas árvores e dos pequenos cursos de água a correrem por aqui e ali enquanto entrava nesse mundo mágico dos livros. 

Meus queridos, deixem-me dizer-vos: nada disto aconteceu! Primeiro estava um tempo p'ra lá de péssimo, um terror! Depois, acabada de chegar à Gulbenkian, obras megalómanos e um barulho infernal que se ouvia em tudo o que era lado. Completamente desapontada lá me meti por umas veredas do jardim na esperança de ir para um sítio onde não se ouvissem as ditas máquinas. Há um passeio, mesmo à beira lago, com vista para o edifício. Sentei-me, tirei o livro e comecei a ler. Vá, não mais que dois minutos de pois, tive que fugir para não ser comida por patos que vieram todos, mas todos, ter comigo. Enfim, uma canseira.


Por fim, lá para o lado do jardim das rosas, já não havia patos, não se ouvia o barulho das máquinas e eu pude ler o meu livro enquanto andava pelo jardim e gozar, apesar do mau tempo, o primeiro dia de primavera.



Verão, darling, vemo-nos daqui a três meses, ok?


quarta-feira, 20 de março de 2013

Big Brother I'm watching you!

Meus queridos e queridas, ouçam, 'tou p'ra lá de feliz ou assim! É que os queridos da TVI decidiram oferecer-nos, outra vez, o Big Brother. Juro-vos que se não tivesse há anos recalcado o meu lado suburbano estava aos gritos de histérica à laia de Gisela Serrano.



20 anos depois a TVI continua a surpreender pelo melhor. No mundo da modernidade eu acho, que acho, que os clássicos são uma aposta ganha, 'tão a ver? Acham que este formato está mais gasto que chão de ginásio de subúrbio? Oh meus queridos, mas alguém se cansa de ver umas pindéricas nortenhas ou dos subúrbios de Lisboa em cima duns arranha-céus, vulgo plataformas, aos beijos e aos abraços no primeiro dia e aos berros em todos os seguintes? Ou uns pequenos cheios de músculos, mas pouco mais desejosos de partilhar connosco a sua anatomia- toda! Queridos, isto vende como água no deserto! E já diz o povo, que sabe imenso: em equipa que ganha não se mexe, o que aqui até se aplica lindamente porque estes pequenos e estas pequenas têm todos as mesmíssimas caras, nomes, guarda-roupas, vocabulários, tudo estão a ver? Entre o Evander que é mecânico na Pontinha ou o Jacinto que é pastor em Freixo-de-Espada-à-Cinta não há diferença nenhuma, sobretudo desde que os ginásios chegaram ao campo e assim. O mesmo se aplica à Débora Carla recepcionista em Alfornelos e à Cátia Sandra cabeleireira em Monção. É que o 9º ano é igual no país inteiro! E a 4ª classe também!

Estou em pulgas para o drama, o sexo escaldante, as mentiras, as intrigas e essas tricas todas. Até acho, e sei que concordam comigo, que deviam tirar aquela coisa tonta de que andarem à pancada dá direito a expulsão. Afinal, na lista do baffon é a única cruzinha que falta.

Preparem-se meus queridos e queridas, até porque acreditem que se não se puserem a ver isto chegam ao Natal sem tema nenhum de conversa!



sexta-feira, 15 de março de 2013

Aldeia da Roupa Branca

Este post não tem foto porque a foto que cá devia estar é impossível de ser tirada.

Quem viaja pela Avenida Padre Cruz no sentido do subúrbio para a Urbe pode ver, logo a seguir ao viaduto do Eixo Norte-Sul, em todo o seu esplendor um belo estendal com a roupa a corar. E meus queridos, a roupa é tão colorida que não há como perder!

Gotta love the suburbs!!!

quarta-feira, 13 de março de 2013

A nova Mona Lisa

Olá meus queridos e queridas, voltei do mundo dos mortos!

E de volta que estou, lá voltei à minha vida normal, vulgo- transportes públicos para cá e para lá. Pois ouçam, estava eu no outro dia na estação do Cais do Sodré para apanhar o comboio para o Estoril (e todo um novo transporte que ainda não constava neste blogue) quando vejo uns outdoors p'ra lá de imensos da Zon TVI +. Umas cores piores que más que preto e um degradé de lilás é p'ra lá de suburbano (sei eu que vos podia falar de imensos sítios no subúrbio que têm este esquema de cores e assim). Mas aquilo que me chamou a atenção foi essa grande querida Iva Domingues.


Acompanhada da Leonor Poeiras, que apesar de bimba eu acho, que acho, uma querida e do Alvim, esse pequeno que se houvesse o Mr Pequeno mais atontanado de Portugal ganhava logo, está a nossa querida Iva Domingues, aka, Iva Pamela. Não sei se é uma campanha pessoal da pequena para parecer mais clássica, mas lá que ela parece a Mona Lisa parece. E o que é pior: parece em todos os sentidos! 'Tá bem que até está a sorrir mais um bocado do que o original, mas querida deixe-me que lhe diga que essas maminhas aí tão empinadas e esse sorriso de quem cheirou um traque em directo e não pode, porque não pode, dar sinal disso ficam péssimos sobretudo quando a menina está por tudo quanto é lado do país nuns cartazes imensos.

Iva, querida, o cabelo super certinho é uma coisa que já deixou de ficar bem até à Tia Donatella Versace já há uns anos atrás. Essa conjugação preto e ouro, enfim, nem merece comentário que é p'ra lá de vulgar. Mas juro que o que me espanta é a sua expressão, vulgo sorriso mal-encarado. Então a menina não namora com aquele pedaço da Grécia Antiga que é o Ângelo Rodrigues, aka Angel-O (reparem como as duas partes do casal têm dois nomes à laia de Sean "Puffy" Combs)? Então o pequeno não apregoa no seu único single à data (esperamos ansiosamente o próximo) que vem "acompanhado de bom sexo"? E eu juro que acreditava que era verdade depois de ver as fotos que a menina tirou com ele dignas de qualquer periódico pornográfico. Oh Iva, querida, não me diga que é tudo falsa publicidade que fico tristíssima, que fico, que ouça, o pequeno é mesmo de cair p'à banda.

Querida, aceite um conselho por pior que seja que até os brasileiros dizem que se conselho fosse bom a gente vendia, não dava: a menina chama-se Iva Pamela, esqueça o clássico jogue-se para o moderno; seja fiel ao seu nome que é o que eu faço e até não faço nada mal, 'tá a ver?

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Yet another bus tale!

Estava eu hoje no autocarro (sim, no autocarro outra vez!) atrasadíssima para um evento social solidário (já todos perceberam que sou super caridosa) quando ouço um som estranhíssimo atrás de mim. Isto não é nenhum sinal de espanto que sabe toda a gente que anda de transportes públicos que sons estranhos por lá são mais que filas há porta das repartições do estado. A princípio pensei que fosse um daqueles pequenos amorosos que adoram partilhar o seu gosto musical (por norma algo entre as brasileiradas e coisas africanas). Achei querido, mas tive pena pelo pequeno- a música era p'ra lá de péssima!


Só quando me virei para trás é que percebi que não era nenhum aparelho à laia de leitor de mp3 ou assim: era um senhor de aspecto, vá, terrível. Cantava ainda pior do que o ar que tinha. Mas ouçam, era um entusiasta: ele era música brasileira, um bocado de faduncho e imenso, mas imenso beatbox. Eu que sou uma cristã do melhor que há achei querido, mas ouçam um terror para os ouvidos!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Casa de prazer

Parem neste instante de achar que eu ensandeci e decidi escrever sobre coisas menos próprias. De todo! 


Como vos disse estive estes dias no Funchal e por todo a Madeira encontram-se estas Casas de Prazer. As Casas de Prazer são estas construções, do tamanho duma pequena sala, feitas nos muros das quintas. Não serviam, pelo menos em geral, para fins menos próprios, mas mais prazerosos, mas para a coscuvilhice. Como as casas ficavam afastas da estrada, dentro de muros, no meio das quintas, as pessoas iam para as Casas de Prazer ficar a par das novidades. À laia de velha à janela num prédio de Alfama, mas com muito mais estilo.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

I'm back bitches!

Já sei que sou a pior de todas, que tenho uns dias em que escrevo imenso e depois outros tantos em que não sai nada. Mas desta vez juro que tenho uma desculpa. É que ouçam, até uma pequena alegre e divertida como eu tem dias mais tristes e tive que trocar Lisboa pelo Funchal durante uns dias.

Prometo que prometo escrever em breve, ouçam, que 'tou cheia de saudades vossas, mas por agora deixo-vos um pequeno bonbon que ando p'ra lá de atarefada (além de que o tempo aqui 'tá de ananases).

Pois 'tava eu chiquérrima, com uma capeline de 3 metros de diâmetro e um tailleur preto da Chanel, com carteira a condizer, claro (se não estava mesmo assim era com certeza algo parecido) com um ar tristíssimo (até porque eram 6h30 da manhã) a tomar o pequeno-almoço no aeroporto quando ouço numa mesa ao lado um pai virar-se para o filho mínimo que não podia porque não podia ter mais que 6 anos e dizer:
- 'Tás a ver aquela molhanga boa que nós rapamos do tacho quando o pai faz camarões..?


Juro que só não me engasguei com o baggle tenebroso que 'tava a comer porque há anos que não tenho gag reflexes. Ouçam, fiquei a tresler. Juro que só me apeteceu levantar, ir ter com o pai da criança e dizer-lhe:
- Ouça, primeiro você não faz molhanga, faz molho, 'tá a ver? Que essa palavra nem vem no dicionário. Segundo, você não só não rapa o tacho como não pode, porque não pode, ensinar o seu pequeno a fazer uma coisa dessas, sei lá, que isso é p'ra lá de péssimo!

E ainda juro que ainda me espanto com estas coisas!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Fã da Fanecas

Este domingo à noite estava em casa entediada e sem nada para fazer (como vos disse os meus amigos já não me convidam para nada) quando me sentei para ver televisão. Zapping rápido nos canais e tive que parar na gala da Casa dos Segredos. Já sei que me vão perguntar "Ouça, a menina vê a Casa dos Segredos, sei lá? E não tem vergonha de dizer, ouça?". Como dizia um querido amigo meu- quem nasceu com os pés no chinelo nunca de lá tira o dedo. E ouçam, até pode virar uma alpercata giríssima com cristais swarovski que não há nada a fazer- os dedos não saem mesmo.

Vejo a Casa dos Segredos, sim! Mas este Domingo descobri a verdadeira razão. Ouçam é que eu tenho que confessar que mal consegui ver a Casa dos Segredos 3. Juro que fiz um esforço, que por diversas vezes me sentei à frente da televisão e nada. Nem os profundos conhecimentos geo-políticos, nem a intrincada trama de casos amorosos, em geral todos fruto da mente brilhante da Tia Teresa Guilherme (que é uma caturra), me despertaram interesse. Fiquei de rastos, p'ra lá de péssima. Pelo Natal tive mesmo que me obrigar a ver uns bocados para reunir o mínimo de informação para poder falar com as minhas amigas que, fartas de ler livros do Pedro Paixão ou da Margarida Rebelo Pinto, vêem aquilo com mais afinco que os brasileiros vêem a novela das oito (ouçam, 'tá claro que todas as conversas acabam sempre com um disclaimer de todas nós a dizer que só sabemos porque vimos isto ou aquilo en passant e assim).

E já 'tão outra vez a perguntar "Então, mas vai contar ou não a razão porque vê a Casa dos Segredos, 'tá a ver?" Oh meus queridos, claro que vou: eu vejo a Casa dos Segredos por causa da Fanny. Espantados? Ouçam, juro que eu também. Mas ao fazer zapping e ver aquela pequena com aqueles dois lindos presuntos que Deus lhe deu bem escancarados a dizer "Oh Bós, tenho que'lh'apresentar outra pessoas, que bòcê anda cá cumas companhias!" juro que percebi o que faltou a esta última edição da Casa dos Segredos- a Fanny! Tou super convencida que devia ser obrigatório que a Fanny participasse em tudo o que fosse Casa dos Segredos. E não só em Portugal como no estrangeiro, até porque a pequena é emigrante e 'tá p'ra lá de habituada.


E perguntam vocês que hoje perguntam imenso "Oh querida, mas ouça, o que é que a Fanny tem de tão especial, sei lá?" Ouçam, queridos, podia falar-vos das botas Louboutin usadas como moeda de troca com a Cátia para comprar votos, das roupas giríssimas todas com um corte ideal para o corpo dela, do fabuloso gosto em conjugação de cores e acessórios ou até da sua impressionante eloquência (sim, porque a Fanny fala lindamente, ninguém diga que não). Mas acho que mais que isso a Fanny tem a alma portuguesa: é sincera, amiga do seu amigo, fiel até última. Apoio-a p'ra lá de muito quando denunciou e muito bem o Diogo que nas costas dela andou, enfim, a traí-la. A Fanny pelo menos é uma mulher que faz tudo pela frente, como diz o povo- quando trai, é em canal aberto 24 horas para todos os portugueses poderem ver e, só para tornar tudo bem mais interessante e assim e "fazer canal" (juro que ainda quero perceber esta expressão) corria atrás dum pequeno que não lhe ligava nenhuma. E a Fanny não guarda nada para dizer que contou logo a toda a gente as misérias do pobre Diogo, vulgo, que tinha e cito "uma pila pequenina". Eu só não acho que nós mulheres devíamos ir todas para a rua gritar o tamanho do genital dos nossos namorados e maridos porque eles próprios o deviam fazer. Aproveitavam uma destas manifestação que agora há imensas e era tudo de cartaz com o tamanho dos ditos. Assim, já se sabia à partida com o que contávamos e não ficávamos três anos a namorar e aceitávamos um pedido de casamento em directo com um pequeno de tamanho reduzido.

A Fanny aos seus breves 20 anos (ou qualquer coisa assim que não se diz a idade duma senhora) já é um marco na cultura portuguesa. Eu adoro-a! E se o Castelo-Branco vai a Presidente de Sintra a Fanny devia ir a Presidente da Assembleia da República que aí, como diz o povo, é que a porca ia fiar fininho, ou assim.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Os meus amigos... p'ra lá de péssimos!

Quando digo que estou exilada não estou a brincar. Viver nos subúrbios, ainda p'ra mais dum país como este está, afasta-nos de tudo- brunchs, jantares, idas ao cinema e montes de outras coisas. A culpa não é tanto minha, como dos meus amigos que já não me convidam para evento nenhum- nem no mundo real, nem no virtual.

Estava eu lindamente no outro dia a vaguear pela net quando me pululam caixas de chat à laia de cogumelos espontâneos dos meus "so called" amigos tudo a pedir para votar neles. Juro que fiquei confusa com isto. Primeiro achei que- ou tinham todos ficado solidários com o Castelo-Branco e depois do 1º Presidente mestiço nos Estados Unidos queriam a 1ª bicha mestiça para Presidente de Sintra; ou que, por raiva à dita bicha, tinham todos desatado a recolher as sabe Deus quantas assinaturas para eles mesmo se candidatarem sabe Deus também (que sabe imensas coisas) a uma autarquia qualquer. Claro que a princípio me recusei sequer a carregar nos links que me enviaram porque alguns (destes) amigos meus são p'ra lá de ordinários uma coisa que não 'tá escrita. E eu posso que posso 'tar exilada, mas não vejo porque não vejo badalhoquices na net.

Suspirei de alívio. Afinal, queriam apenas que votasse nos blogues deles porque os meus queridos amigos nomearam-se uns aos outros para um concurso de blogues lançado por um, pasmem-se, bloguer.


E perguntam vocês "Ouça, querida, e a menina? Onde é que podemos votar no seu blogue?" Ouçam, não podem que os meus amigos são tão amorosos, tão amorosos que de todo em todo se lembraram de mim, sei lá. Escusado será dizer que nenhum deles é suburbano e que mereciam já todos um processo por discriminação. Mas eu, que não pago um disparate de dinheiro que não 'tá escrito de 0€ à hora ao meu psicólogo para vir para aqui fazer terapia, peço-vos que votem neles que apesar de tudo são uns queridos e vá, até são meus amigos.

Juro-vos que vos deixava aqui os links todos, mas o croassãn, que é um querido, tem tudo super organizado no blogue dele. Por isso para votarem, e peço p'ra lá d'imenso que votem, vão aqui!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Os outros videos

(se ainda não viu o video veja-o primeiro e leia o post depois)

Queridos leitores, confesso que tenho estado em azáfama mental a pensar se vos escrevo ou não sobre a Pêpa- uma estucha! Mas na verdade, já há tanto post escrito sobre o assunto que não teria nada de extraordinário a acrescentar. Assim vou falar-vos da Maria Guedes.

Sabem quem é? Ouçam, não se ralem nada que eu também não sei- só sei que é uma blogger de moda que também gravou um video para a Samsung. Sim meus queridos, os meninos não sabiam? Há mais videos.

Este video foi super educativo para mim. Aprendi que:

- O preto e o branco estão definitivamente "in", uma vez que a Pêpa escolheu as mesmas cores;

- O acordo ortográfico afinal também afecta a oralidade. Esqueçam o treze, meus queridos, que agora diz-se treuze e como estamos em ano dele até calha bem que vamos todos praticar p'ra lá de imenso;

- Eu nunca fui mãe que o Giorgio, coitado, era medonho de velho, mas garanto-vos que mesmo assim 'tou super solidária com a Maria. Querida, eu sei que é dificílimo, mas tem mesmo, mas mesmo que se esforçar para deixar o seu pequeno, que é amorosíssimo, duas ou três semanas. Eu até aposto mais nas três que já diz o povo que é de pequenino que se torce o pepino e a menina tem por que tem que trabalhar o sentimento de autonomia do seu filho;

- Também fiquei a saber que é preciso coragem para fazer um filho, sobretudo o segundo. Eu juro-vos que 'tava convencidíssima que era preciso coragem para o ter, para o educar, etc. Para fazê-lo juro que achava que era preciso outra coisa, mas ouçam, eu não sei nada do assunto que nunca fui mãe.

Além destas coisas todas novas que aprendemos em 2min30 ficamos a saber que o que esta querida mais quer é ter menos, mas muito, muito menos. Oh querida, ouça, mais uma vez escolheu o ano certo. É que com o orçamento de estado, o memorando da troika e assim vai ser p'ra lá de fácil ter muito menos em dois mil e treuze, 'tá a ver? Vamos todos ficar tão despojados que 'tou convencidíssima que em breve haverá uma nova versão do minimalismo que será qualquer coisa como o troikismo português. Vai ser tão menos, tão menos que vai ser mesmo nada. E ouça isso é óptimo para o sonho de ter a casa dos sonhos, que eu própria também tenho, confesso. É que com tão menos qualquer T2 giro nas Olaias vai servir lindamente até porque não vamos ter nada para lá meter, sei lá.

A vós, queridos leitores, desejo-vos duas vezes menos, que assim até dá mais e é sempre melhor estar em cima que em baixo, eu acho!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Jardins

Pode parecer estranho que nesta altura do ano vos fale de jardins, mas a verdade é que eu adoro jardins. Seja Inverno, seja Verão, ou em qualquer parte do mundo o jardim continua a ser uma das melhores invenções do Homem.


Gosto deles todos: minimalistas, de areia e seixos; japoneses, cheios de pontes, pequenos lagos, bambus e recantos encantadores; ingleses, com relvados imensos e árvores altíssimas; franceses, sempre bem alinhados em formas geométricas e com perfumes de sonho; românticos, como o jardim do Palácio da Luz, em Carnide, com cenários aqui e ali a lembrar romances de cavalaria; modernos, estruturados e de linhas direitas; até os pequenos pátios de Lisboa onde encontramos tantas vezes surpresas maravilhosas.

Deixo-vos dois dos meus preferidos:
O jardim do castelo de Charlottenburgo, em Berlim, onde vi pela primeira vez um lago gelado com pessoas a patinar e que me vez apaixonar ainda mais por aquela cidade, mesmo à beira da partida.


O jardim da Fundação Gulbenkian, um oásis no meio de Lisboa, ao mesmo tempo tão urbano e pacificador. Para sonhar com os dias de sol que a Primavera promete e a promessa de me estender na relva ao comprido com um livro.


E vocês, queridos leitores, o que gostam nos jardins?

domingo, 30 de dezembro de 2012

Calças brancas em Janeiro...

Chegou o Inverno e com ele a eterna questão das calças brancas. Este assunto já foi super discutido em todos os cantos do mundo: uns dizem que sim; outros dizem que não; uns dizem que a moda não tem regras; outros que há regras a manter.


Em Portugal há um ditado que diz "calças brancas em Janeiro é sinal de pouco dinheiro." Eu entendo Janeiro como sinédoque de toda a estação que vai de Setembro a Março. Como já perceberam eu cá acho péssimo calças brancas durante este tempo todo. E agora os meus leitores, que apesar de serem uns queridos às vezes não me entendem, já estão a pensar "Lá está ela a ser super-tradicional e achar que não só porque não." Meus queridos leitores, Deus Nosso Senhor, que é um tio do melhor que há, deu-me inteligência q.b para pensar por mim mesma (embora, confesso, nem sempre a use). Sou contra calças brancas nesta altura por uma questão prática: tudo o que é branco suja-se imenso e quando sujo nota-se a kilómetros de distância. Esqueçam acharem que calças brancas vão ficar lindamente, porque faz aquele look gelo. Faz mais aquele look neve suja, 'tão a ver? É que meus queridos, aqui nesta Europa a norte do equador (para os que não estão a visualizar) chove p'ra lá de imenso no Inverno, fica tudo cheio de poças, lama em tudo o que é canto que esta nossa cidade de Lisboa vira um lago cada vez que chove um bocado. E o que é que vos vai acontecer? Vão chegar ao emprego ou seja lá onde for com umas calças tipo camuflado da tropa em tons castanhos em vez de umas calças brancas, giras e imaculadas.

Mas para não dizerem que sou uma preconceituosa que não 'tá escrita deixo-vos um post super interessante que encontrei sobre calças brancas (hélas! só para homens) aqui!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Jantar dos restos

O nome é péssimo, mas garanto-vos que o evento é chiquérrimo! Todos os anos no dia 25 (às vezes 26) a minha amiga Desocupada dá um jantar de restos em sua casa. Chama-se assim porque cada pessoa leva alguns restos das megalómanas ceias de Natal com que nós e as nossas famílias nos deliciámos. Fomos quase todos: a pinky, o bratwurst, o schnoof, a chicona, a beata, o S, o G e a I, o MA e a R e até o pequeno filho do bratwurst. Só ficou a faltar o nosso amigo açoriano, ainda em terras insulares. O resultado é uma noite p'ra lá de animada, uma caturreira, e uma ementa muito mais variada do que possam imaginar: bacalhau não havia, quer porque quem o comeu comeu-o todo, quer porque nem todas as casas comem bacalhau na consoada. Mas havia um caldo verde de cair p'à banda feito pela Desocupada (e com chouriço do MA às rodelas); carnes frias (ou pelo menos carnes que já foram quentes, mas estavam frias); lasanha; e doces entre os quais um fabuloso double chocolat cheesecake feito pelo S. Eu não comi quase nada porque tive um almoço de Natal p'ra lá de bom em que fiz a fabulosa descoberta gastronómica desta quadra- sonhos de laranja e cenoura.

Estávamos todos animados, porque estamos sempre. Entre estórias engraçadas de há anos ou há meses, series deprimentes de televisão (vulgo "Novas Esperanças" ou coisa que o valha na Fox) e muitos copos de... vamos dizer sumo, mas sabendo que é mentira, trocámos os presentes.

A troca começa com o Pai Natal cabrão que é um nome super mal-educado para uma versão bem mais gira   do normal, e algo suburbano, jogo do amigo secreto. Cada um recebe um número de acordo com os presentes que há. Do primeiro ao último número escolhem-se os presentes com o catch de que as pessoas podem ou tirar um presente do monte ou roubar alguém que já tenha presente. Depois do jogo trocaram-se os presentes tradicionais. Os meus estão na foto. O ursinho da guarda imperial foi o presente que me calhou no jogo do Pai Natal... vocês sabem; os rebuçados (de que já faltam uns quantos) foram oferecidos pelo MA e pela R e são da papabubble que é uma loja de rebuçados artesanais fantástica que fica na Baixa; o garfo transformado em suporte foi presente (sempre super orginal e diferente) da Chicona; o cd foi presente da Desocupada; e o cachecol do bratwurst e do schnoof que acertaram em cheio (muito embora me tivessem prometido o calendário dos Dark Horses, ou lá como os pequenos se chamam).



Pelas onze já estava super pronta para me meter no metro e voltar para o subúrbio, mas a Desocupada, que é mesmo uma querida, ofereceu a casa para dormir lá. Dormir não dormi, porque fui sair com a beata e o S para o único sítio aberto na noite de 25. Mas disso não falo. Finalmente foi Natal!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Brunch Natalício

Como já disse antes eu adoro o Natal. E uma das coisas que mais gosto são os sucessivos almoços, lanches, jantares com amigos nestes dias que antecedem o Nascimento do Menino de Belém. Mas a nossa amiga Chicona ontem brindou-nos com uma inovação: brunch de Natal.

Recentemente mudada para o seu belíssimo apartamento das avenidas novas a Chicona chamou-nos a todos para tomarmos o brunch com ela na véspera da véspera de Natal. Estivémos lá quase todos: o bratwurts, o schnoof, a pinky, a Desocupada, o sobrinho, a I e o G e o cão M. Vieram também novos amigos: o P. com a mulher, a J. e a sua cadela amorosa  P. pequinina.

Não houve nada de diferente porque essa é a melhor parte do Natal: nunca muda, ou se muda nós fazemos de conta que está tudo na mesma! Falámos, fofocámos, rimos, enfim fomos nós mesmo que quando estamos juntos é sempre uma caturreira!


A todos vocês meus leitores que tenham sempre mesas animadas como estas não só nas férias como no resto do ano, amigos animados como os meus e um Feliz e Santo Natal!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sweatpants are for sweatin'!

Há quem diga que quando a vida nos dá limões devemos fazer limonada. Eu cá, quando a vida me dá pérolas faço broches. E não podia desperdiçar de todo em todo esta pérola que vos deixo.

Uma vez que os suburbanos não estão sempre a presentear-me com conversas tão interessantes como a do post anterior tinha pensado em falar hoje dum problema que devasta a já de si nada óptima moda nos subúrbios: as calças de fato de treino. Há-as óptimas, com tecidos do melhor (menos aquelas de licra e seus afins), lisas ou padronadas, mas giras, mais caras ou mais baratas. Eu não tenho absolutamente nada contra calças de fato de treino. Desde que, entenda-se, elas cumpram a função para que foram feitas: para treinar. Eu mesma, para aproveitar o meu desterro suburbano, várias manhãs visto as minhas, que são em cinza e são óptimas, e faço um jogging matinal.

O problema é quando as pessoas as usam como se dumas calças normais se tratasse. Notícia de última hora: não são! Calças de fato de treino não são daywear, casualwear ou o que seja. Servem para treinar e nada mais. Nem para ir ali à mercearia, nem para passear o cão.

E pronto, isto era o que tinha para vos dizer sobre o assunto. Mas agora vem a pérola: estava eu a fazer uma rápida pesquisa de imagens para ilustrar este post e mais que uma imagem encontro todo um texto a acompanhar, de resto tão digno que eu o comentasse, e que podem encontrar aqui!


Gosto sobretudo quando este grande querido diz que esta é uma junção "mais ou menos improvável". Querido, não é, sabe? É que leather-jackets com t-shirts brancas usam-se desde que os bad-boys foram inventados nos anos 50. Depois esse look misturado com calças de fato de treino e calçado com a ditadura dos ténis brancos (outra marca suburbana) já eu o vi repetido ad nauseam por tudo o que é transporte público em direcção a quase tudo o que é subúrbio desta cidade. Agora, uma coisa lhe garanto- esse look, mais que improvável devia ser proibido porque é simplesmente mau. Uma dica- os anglófonos chamaram às calças de fato de treino sweatpants por uma razão, tá a ver?