sexta-feira, 17 de maio de 2013

Me and my girlfriends!

Hoje, ou melhor, ontem, foi o meu jantar de aniversário tradicionalmente feito muito tempo depois do meu dia de anos. Somos sempre poucos, mas super divertidos.

Este ano fomos a uma tasca tipicamente portuguesa, sugestão da Desocupada. O vinho verde à pressão parecia vinho de missa gaseificado, o bife à casa tinha como única originalidade em vez de um serem dois bitoques e a minha sobremesa veio errada. Dito isto posso dizer-vos que foi um jantar super giro, porque o que faz qualquer festa é o ambiente e quem faz o ambiente são as pessoas. E as minhas amigas além de giras são umas caturreiras, p'ra lá de divertidas ou assim. Eu, a Desocupada, a I, a Pinky e a Chicona (e o sobrinho, coitado do piqueno único homem no meio destas tias todas) a mostrar que em qualquer sítio que a gente esteja está a festa.

Obrigada queridas. Vocês não são só giras, são fantásticas!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Armada em comentadora de moda

Meus queridos este post começa já com um disclaimer: não sou que não sou comentadora de moda. Mesmo que quisesse ou assim, não podia porque isto de estar exilada no subúrbio acaba sempre por nos afectar de alguma maneira e mais vale passarmos a desconfiar do nosso próprio gosto. Digo-vos eu que sei, que passados uns meses a viver num qualquer prédio da Pontinha ou de Carnaxide a gente fica que fica com fascínio por coisas brilhantes ou assim.

Dito isto vamos já ao que interessa que quero imenso partilhar estas minhas descobertas de hoje. Ao contrário do que se pensa não são só os gays a ligarem imenso à moda feminina- uma senhora que é uma senhora anda sempre super a par e assim da moda de homem. Até porque em geral os namorados, maridos e afins não gostam, não percebem muito, mas apesar de tudo são uns queridos e aceitam sempre sugestões.

Ora, como vos 'tava a dizer, andava eu a ver as colecções para esta Primavera/Verão e juro que tive que ir verificar se as colecções agora não se chamam qualquer coisa do género "X de Y primavera/verão 2013 gay". Ouçam, eu, como qualquer tia que se preze, e apesar do subúrbio, sou mais que a favor dos gays, tenho imensos amigos que são, até porque numa festa dois ou três compõem imenso, sei lá. Mas o que eu vos vou mostrar é a cair um bocadinho no exagero.

Sou p'ra lá de fã do Tom Ford que acho que é um dos homens com melhor gosto neste mundo, e o bom gosto é uma raridade. O corte é fantástico e a ligação entre um estilo clássico com uns padrões mais modernos costuma ser aposta ganha. Agora vejam este coordenado do piqueno:


Ouçam, eu acho tudo giro que acho. O casaco é de estalo e tem uma cor genial, a camisa é giríssima. Agora, não digam, até porque não podem que este manequim jeitosíssimo não parece gay, que parece. E isso não teria problema nenhum não fosse não haver nenhuma opção assim mais masculina na colecção.

E isto, meus queridos, era o que eu pensava até há uma hora atrás quando vi a colecção, para a mesma temporada, do Thom Browne. Bem, ouçam, o Ford voltou logo aos píncaros, pareceu-me tudo p'ra lá de masculino, até a cair para o estilo french riviera meets the italian gigolo. Porque meus queridos, depois de ver a colecção do Thom Browne o meu problema deixou de ser a ausência de masculinidade para passar a ser a ausência de qualquer tipo de bom senso. Eu até entendo a mistura de padrões, o uso de cores fortes, e acho que tudo isso que nos alegra e assim e nos tira a cabeça da crise é o máximo. Mas esta colecção, meus queridos, roça o ridículo. Ora vejam o meu exemplo preferido que vos deixo em baixo:


Queridos, chamem-me antiquada, mas se isto é ter algum gosto, então sou uma bimba confessa. E sem lola!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Óculos escuros até onde o escuro chega

Darlings, a minha vida é uma canseira, mas não há justificação, que não há, para ter ficado este horror de tempo sem escrever. E a desculpa é ainda menor quando o mundo suburbano onde eu vivo está constantemente a oferecer-me pérolas para partilhar convosco.

Mas hoje, e embora vá falar dum hábito p'ra lá de suburbano, mudamos para o metro que é um transporte assim imenso citadino e que eu adoro. É super prático e chega-se a (quase) todo o lado. No metro vê-se de tudo: gente gira, gente menos gira, gente estranha e gente que se chega a duvidar que seja gente (até porque às vezes não são mesmo, são aqueles cãezinhos piquenos que vêm ao ombro duns senhores que pedem dinheiro).

Mas com a chegada da primavera, e mais que isso, com a chegada do sol, volta um velho costume que eu juro que juro que até hoje não entendo: andar de óculos escuros no metro. Ouçam, eu compreendo
que às 7h da manhã dum sábado ou dum domingo saindo duma qualquer discoteca (e o Lux agora até tem metro à porta) com uma dor de cabeça que não tá escrita uma pessoa sinta necessidade de por uns óculos escuros e de só os tirar no quarto, depois de ter a certeza que ninguém a vai ver. Agora, meus queridos, óculos escuros no metro numa terça-feira às 3 da tarde, juro, mas juro por tudo que não entendo. Ouçam, será que em geral Lisboa tem uma população super fotossensível e tem tudo que andar de óculos escuros? Ouçam, ou pior, será que há mesmo vampiros e assim e eles vivem entre nós? São perguntas que percorrem a minha vida, e aposto que a vossa também, meus queridos.



Se querem usar uns óculos escuros p'ra lá de giros e ficar com imenso bom ar aproveitem o bom tempo, sejam urbanos e façam imensas coisas outdoor que não podia ser mais in, digo eu, sei lá!