quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

I'm back bitches!

Já sei que sou a pior de todas, que tenho uns dias em que escrevo imenso e depois outros tantos em que não sai nada. Mas desta vez juro que tenho uma desculpa. É que ouçam, até uma pequena alegre e divertida como eu tem dias mais tristes e tive que trocar Lisboa pelo Funchal durante uns dias.

Prometo que prometo escrever em breve, ouçam, que 'tou cheia de saudades vossas, mas por agora deixo-vos um pequeno bonbon que ando p'ra lá de atarefada (além de que o tempo aqui 'tá de ananases).

Pois 'tava eu chiquérrima, com uma capeline de 3 metros de diâmetro e um tailleur preto da Chanel, com carteira a condizer, claro (se não estava mesmo assim era com certeza algo parecido) com um ar tristíssimo (até porque eram 6h30 da manhã) a tomar o pequeno-almoço no aeroporto quando ouço numa mesa ao lado um pai virar-se para o filho mínimo que não podia porque não podia ter mais que 6 anos e dizer:
- 'Tás a ver aquela molhanga boa que nós rapamos do tacho quando o pai faz camarões..?


Juro que só não me engasguei com o baggle tenebroso que 'tava a comer porque há anos que não tenho gag reflexes. Ouçam, fiquei a tresler. Juro que só me apeteceu levantar, ir ter com o pai da criança e dizer-lhe:
- Ouça, primeiro você não faz molhanga, faz molho, 'tá a ver? Que essa palavra nem vem no dicionário. Segundo, você não só não rapa o tacho como não pode, porque não pode, ensinar o seu pequeno a fazer uma coisa dessas, sei lá, que isso é p'ra lá de péssimo!

E ainda juro que ainda me espanto com estas coisas!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Fã da Fanecas

Este domingo à noite estava em casa entediada e sem nada para fazer (como vos disse os meus amigos já não me convidam para nada) quando me sentei para ver televisão. Zapping rápido nos canais e tive que parar na gala da Casa dos Segredos. Já sei que me vão perguntar "Ouça, a menina vê a Casa dos Segredos, sei lá? E não tem vergonha de dizer, ouça?". Como dizia um querido amigo meu- quem nasceu com os pés no chinelo nunca de lá tira o dedo. E ouçam, até pode virar uma alpercata giríssima com cristais swarovski que não há nada a fazer- os dedos não saem mesmo.

Vejo a Casa dos Segredos, sim! Mas este Domingo descobri a verdadeira razão. Ouçam é que eu tenho que confessar que mal consegui ver a Casa dos Segredos 3. Juro que fiz um esforço, que por diversas vezes me sentei à frente da televisão e nada. Nem os profundos conhecimentos geo-políticos, nem a intrincada trama de casos amorosos, em geral todos fruto da mente brilhante da Tia Teresa Guilherme (que é uma caturra), me despertaram interesse. Fiquei de rastos, p'ra lá de péssima. Pelo Natal tive mesmo que me obrigar a ver uns bocados para reunir o mínimo de informação para poder falar com as minhas amigas que, fartas de ler livros do Pedro Paixão ou da Margarida Rebelo Pinto, vêem aquilo com mais afinco que os brasileiros vêem a novela das oito (ouçam, 'tá claro que todas as conversas acabam sempre com um disclaimer de todas nós a dizer que só sabemos porque vimos isto ou aquilo en passant e assim).

E já 'tão outra vez a perguntar "Então, mas vai contar ou não a razão porque vê a Casa dos Segredos, 'tá a ver?" Oh meus queridos, claro que vou: eu vejo a Casa dos Segredos por causa da Fanny. Espantados? Ouçam, juro que eu também. Mas ao fazer zapping e ver aquela pequena com aqueles dois lindos presuntos que Deus lhe deu bem escancarados a dizer "Oh Bós, tenho que'lh'apresentar outra pessoas, que bòcê anda cá cumas companhias!" juro que percebi o que faltou a esta última edição da Casa dos Segredos- a Fanny! Tou super convencida que devia ser obrigatório que a Fanny participasse em tudo o que fosse Casa dos Segredos. E não só em Portugal como no estrangeiro, até porque a pequena é emigrante e 'tá p'ra lá de habituada.


E perguntam vocês que hoje perguntam imenso "Oh querida, mas ouça, o que é que a Fanny tem de tão especial, sei lá?" Ouçam, queridos, podia falar-vos das botas Louboutin usadas como moeda de troca com a Cátia para comprar votos, das roupas giríssimas todas com um corte ideal para o corpo dela, do fabuloso gosto em conjugação de cores e acessórios ou até da sua impressionante eloquência (sim, porque a Fanny fala lindamente, ninguém diga que não). Mas acho que mais que isso a Fanny tem a alma portuguesa: é sincera, amiga do seu amigo, fiel até última. Apoio-a p'ra lá de muito quando denunciou e muito bem o Diogo que nas costas dela andou, enfim, a traí-la. A Fanny pelo menos é uma mulher que faz tudo pela frente, como diz o povo- quando trai, é em canal aberto 24 horas para todos os portugueses poderem ver e, só para tornar tudo bem mais interessante e assim e "fazer canal" (juro que ainda quero perceber esta expressão) corria atrás dum pequeno que não lhe ligava nenhuma. E a Fanny não guarda nada para dizer que contou logo a toda a gente as misérias do pobre Diogo, vulgo, que tinha e cito "uma pila pequenina". Eu só não acho que nós mulheres devíamos ir todas para a rua gritar o tamanho do genital dos nossos namorados e maridos porque eles próprios o deviam fazer. Aproveitavam uma destas manifestação que agora há imensas e era tudo de cartaz com o tamanho dos ditos. Assim, já se sabia à partida com o que contávamos e não ficávamos três anos a namorar e aceitávamos um pedido de casamento em directo com um pequeno de tamanho reduzido.

A Fanny aos seus breves 20 anos (ou qualquer coisa assim que não se diz a idade duma senhora) já é um marco na cultura portuguesa. Eu adoro-a! E se o Castelo-Branco vai a Presidente de Sintra a Fanny devia ir a Presidente da Assembleia da República que aí, como diz o povo, é que a porca ia fiar fininho, ou assim.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Os meus amigos... p'ra lá de péssimos!

Quando digo que estou exilada não estou a brincar. Viver nos subúrbios, ainda p'ra mais dum país como este está, afasta-nos de tudo- brunchs, jantares, idas ao cinema e montes de outras coisas. A culpa não é tanto minha, como dos meus amigos que já não me convidam para evento nenhum- nem no mundo real, nem no virtual.

Estava eu lindamente no outro dia a vaguear pela net quando me pululam caixas de chat à laia de cogumelos espontâneos dos meus "so called" amigos tudo a pedir para votar neles. Juro que fiquei confusa com isto. Primeiro achei que- ou tinham todos ficado solidários com o Castelo-Branco e depois do 1º Presidente mestiço nos Estados Unidos queriam a 1ª bicha mestiça para Presidente de Sintra; ou que, por raiva à dita bicha, tinham todos desatado a recolher as sabe Deus quantas assinaturas para eles mesmo se candidatarem sabe Deus também (que sabe imensas coisas) a uma autarquia qualquer. Claro que a princípio me recusei sequer a carregar nos links que me enviaram porque alguns (destes) amigos meus são p'ra lá de ordinários uma coisa que não 'tá escrita. E eu posso que posso 'tar exilada, mas não vejo porque não vejo badalhoquices na net.

Suspirei de alívio. Afinal, queriam apenas que votasse nos blogues deles porque os meus queridos amigos nomearam-se uns aos outros para um concurso de blogues lançado por um, pasmem-se, bloguer.


E perguntam vocês "Ouça, querida, e a menina? Onde é que podemos votar no seu blogue?" Ouçam, não podem que os meus amigos são tão amorosos, tão amorosos que de todo em todo se lembraram de mim, sei lá. Escusado será dizer que nenhum deles é suburbano e que mereciam já todos um processo por discriminação. Mas eu, que não pago um disparate de dinheiro que não 'tá escrito de 0€ à hora ao meu psicólogo para vir para aqui fazer terapia, peço-vos que votem neles que apesar de tudo são uns queridos e vá, até são meus amigos.

Juro-vos que vos deixava aqui os links todos, mas o croassãn, que é um querido, tem tudo super organizado no blogue dele. Por isso para votarem, e peço p'ra lá d'imenso que votem, vão aqui!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Os outros videos

(se ainda não viu o video veja-o primeiro e leia o post depois)

Queridos leitores, confesso que tenho estado em azáfama mental a pensar se vos escrevo ou não sobre a Pêpa- uma estucha! Mas na verdade, já há tanto post escrito sobre o assunto que não teria nada de extraordinário a acrescentar. Assim vou falar-vos da Maria Guedes.

Sabem quem é? Ouçam, não se ralem nada que eu também não sei- só sei que é uma blogger de moda que também gravou um video para a Samsung. Sim meus queridos, os meninos não sabiam? Há mais videos.

Este video foi super educativo para mim. Aprendi que:

- O preto e o branco estão definitivamente "in", uma vez que a Pêpa escolheu as mesmas cores;

- O acordo ortográfico afinal também afecta a oralidade. Esqueçam o treze, meus queridos, que agora diz-se treuze e como estamos em ano dele até calha bem que vamos todos praticar p'ra lá de imenso;

- Eu nunca fui mãe que o Giorgio, coitado, era medonho de velho, mas garanto-vos que mesmo assim 'tou super solidária com a Maria. Querida, eu sei que é dificílimo, mas tem mesmo, mas mesmo que se esforçar para deixar o seu pequeno, que é amorosíssimo, duas ou três semanas. Eu até aposto mais nas três que já diz o povo que é de pequenino que se torce o pepino e a menina tem por que tem que trabalhar o sentimento de autonomia do seu filho;

- Também fiquei a saber que é preciso coragem para fazer um filho, sobretudo o segundo. Eu juro-vos que 'tava convencidíssima que era preciso coragem para o ter, para o educar, etc. Para fazê-lo juro que achava que era preciso outra coisa, mas ouçam, eu não sei nada do assunto que nunca fui mãe.

Além destas coisas todas novas que aprendemos em 2min30 ficamos a saber que o que esta querida mais quer é ter menos, mas muito, muito menos. Oh querida, ouça, mais uma vez escolheu o ano certo. É que com o orçamento de estado, o memorando da troika e assim vai ser p'ra lá de fácil ter muito menos em dois mil e treuze, 'tá a ver? Vamos todos ficar tão despojados que 'tou convencidíssima que em breve haverá uma nova versão do minimalismo que será qualquer coisa como o troikismo português. Vai ser tão menos, tão menos que vai ser mesmo nada. E ouça isso é óptimo para o sonho de ter a casa dos sonhos, que eu própria também tenho, confesso. É que com tão menos qualquer T2 giro nas Olaias vai servir lindamente até porque não vamos ter nada para lá meter, sei lá.

A vós, queridos leitores, desejo-vos duas vezes menos, que assim até dá mais e é sempre melhor estar em cima que em baixo, eu acho!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Jardins

Pode parecer estranho que nesta altura do ano vos fale de jardins, mas a verdade é que eu adoro jardins. Seja Inverno, seja Verão, ou em qualquer parte do mundo o jardim continua a ser uma das melhores invenções do Homem.


Gosto deles todos: minimalistas, de areia e seixos; japoneses, cheios de pontes, pequenos lagos, bambus e recantos encantadores; ingleses, com relvados imensos e árvores altíssimas; franceses, sempre bem alinhados em formas geométricas e com perfumes de sonho; românticos, como o jardim do Palácio da Luz, em Carnide, com cenários aqui e ali a lembrar romances de cavalaria; modernos, estruturados e de linhas direitas; até os pequenos pátios de Lisboa onde encontramos tantas vezes surpresas maravilhosas.

Deixo-vos dois dos meus preferidos:
O jardim do castelo de Charlottenburgo, em Berlim, onde vi pela primeira vez um lago gelado com pessoas a patinar e que me vez apaixonar ainda mais por aquela cidade, mesmo à beira da partida.


O jardim da Fundação Gulbenkian, um oásis no meio de Lisboa, ao mesmo tempo tão urbano e pacificador. Para sonhar com os dias de sol que a Primavera promete e a promessa de me estender na relva ao comprido com um livro.


E vocês, queridos leitores, o que gostam nos jardins?