terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Fã da Fanecas

Este domingo à noite estava em casa entediada e sem nada para fazer (como vos disse os meus amigos já não me convidam para nada) quando me sentei para ver televisão. Zapping rápido nos canais e tive que parar na gala da Casa dos Segredos. Já sei que me vão perguntar "Ouça, a menina vê a Casa dos Segredos, sei lá? E não tem vergonha de dizer, ouça?". Como dizia um querido amigo meu- quem nasceu com os pés no chinelo nunca de lá tira o dedo. E ouçam, até pode virar uma alpercata giríssima com cristais swarovski que não há nada a fazer- os dedos não saem mesmo.

Vejo a Casa dos Segredos, sim! Mas este Domingo descobri a verdadeira razão. Ouçam é que eu tenho que confessar que mal consegui ver a Casa dos Segredos 3. Juro que fiz um esforço, que por diversas vezes me sentei à frente da televisão e nada. Nem os profundos conhecimentos geo-políticos, nem a intrincada trama de casos amorosos, em geral todos fruto da mente brilhante da Tia Teresa Guilherme (que é uma caturra), me despertaram interesse. Fiquei de rastos, p'ra lá de péssima. Pelo Natal tive mesmo que me obrigar a ver uns bocados para reunir o mínimo de informação para poder falar com as minhas amigas que, fartas de ler livros do Pedro Paixão ou da Margarida Rebelo Pinto, vêem aquilo com mais afinco que os brasileiros vêem a novela das oito (ouçam, 'tá claro que todas as conversas acabam sempre com um disclaimer de todas nós a dizer que só sabemos porque vimos isto ou aquilo en passant e assim).

E já 'tão outra vez a perguntar "Então, mas vai contar ou não a razão porque vê a Casa dos Segredos, 'tá a ver?" Oh meus queridos, claro que vou: eu vejo a Casa dos Segredos por causa da Fanny. Espantados? Ouçam, juro que eu também. Mas ao fazer zapping e ver aquela pequena com aqueles dois lindos presuntos que Deus lhe deu bem escancarados a dizer "Oh Bós, tenho que'lh'apresentar outra pessoas, que bòcê anda cá cumas companhias!" juro que percebi o que faltou a esta última edição da Casa dos Segredos- a Fanny! Tou super convencida que devia ser obrigatório que a Fanny participasse em tudo o que fosse Casa dos Segredos. E não só em Portugal como no estrangeiro, até porque a pequena é emigrante e 'tá p'ra lá de habituada.


E perguntam vocês que hoje perguntam imenso "Oh querida, mas ouça, o que é que a Fanny tem de tão especial, sei lá?" Ouçam, queridos, podia falar-vos das botas Louboutin usadas como moeda de troca com a Cátia para comprar votos, das roupas giríssimas todas com um corte ideal para o corpo dela, do fabuloso gosto em conjugação de cores e acessórios ou até da sua impressionante eloquência (sim, porque a Fanny fala lindamente, ninguém diga que não). Mas acho que mais que isso a Fanny tem a alma portuguesa: é sincera, amiga do seu amigo, fiel até última. Apoio-a p'ra lá de muito quando denunciou e muito bem o Diogo que nas costas dela andou, enfim, a traí-la. A Fanny pelo menos é uma mulher que faz tudo pela frente, como diz o povo- quando trai, é em canal aberto 24 horas para todos os portugueses poderem ver e, só para tornar tudo bem mais interessante e assim e "fazer canal" (juro que ainda quero perceber esta expressão) corria atrás dum pequeno que não lhe ligava nenhuma. E a Fanny não guarda nada para dizer que contou logo a toda a gente as misérias do pobre Diogo, vulgo, que tinha e cito "uma pila pequenina". Eu só não acho que nós mulheres devíamos ir todas para a rua gritar o tamanho do genital dos nossos namorados e maridos porque eles próprios o deviam fazer. Aproveitavam uma destas manifestação que agora há imensas e era tudo de cartaz com o tamanho dos ditos. Assim, já se sabia à partida com o que contávamos e não ficávamos três anos a namorar e aceitávamos um pedido de casamento em directo com um pequeno de tamanho reduzido.

A Fanny aos seus breves 20 anos (ou qualquer coisa assim que não se diz a idade duma senhora) já é um marco na cultura portuguesa. Eu adoro-a! E se o Castelo-Branco vai a Presidente de Sintra a Fanny devia ir a Presidente da Assembleia da República que aí, como diz o povo, é que a porca ia fiar fininho, ou assim.

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